Armando Silva Carvalho nasceu em 1938, em Olho Marinho, Óbidos, Portugal.
É poeta, tradutor, romancista, jornalista, advogado, professor, crítico literário, publicitário.
Em 1965, publicou o primeiro livro de poesia intitulado “Lírica Consumível”.
É poeta, tradutor, romancista, jornalista, advogado, professor, crítico literário, publicitário.
Em 1965, publicou o primeiro livro de poesia intitulado “Lírica Consumível”.
Algumas das suas obras: "Os Ovos de Oiro"; "Armas Brancas"; "Técnicas
de Engate"; "Sentimento de um Acidental", " Alexandre
Bissexto", "Canis Dei"; “O Amante Japonês”; “Lisboas”; “O Homem que Sabia a Mar”; “A Vingança de Maria
de Noronha”.
Os seus livros estão traduzidos em
diversos idiomas, incluindo o russo, letão e neerlandês.
Participou na antologia “IV Líricas Portuguesas”,
organizada pelo poeta António Ramos Rosa e integrou o grupo que organizou a
“Antologia de Poesia Universitária”, no qual faziam parte, entre outros, os poetas
Fiama Hasse Pais Brandão, Ruy Belo, Luiza Neto Jorge.
Recebeu o “Premio Revelação” da
Sociedade Portuguesa de Autores; o “Prémio de Poesia Luís Miguel Nava” ; o “Prémio
de Poesia Teixeira de Pascoaes” (7ª edição); “Prémio Pen Clube”; “Prémio
Fernando Namora”.
Foi o vencedor do
“Grande Prémio de Poesia 2008”, da Associação Portuguesa de Escritores.
Palavras de Armando Silva Carvalho:
“As
rimas são o meu fraco, e também a facilidade nas aliterações. Se não me
tivessem mandado estudar, provavelmente devia ter ficado poeta popular, de rima
certa, e redondilha a saltar da ponta do lápis.”
Abandono-te
todas as noites
Abandono-te todas as noites,
Troco-te pelos outros,
Por mim
Ou pelo simples sono que sempre me enganou
Desde criança.
Deixo-te ficar tantas vezes à luz duma velha lua
Troco-te pelos outros,
Por mim
Ou pelo simples sono que sempre me enganou
Desde criança.
Deixo-te ficar tantas vezes à luz duma velha lua
De
queixo retorcido e rainha das bruxas
E em
lugares frequentados por cães que defecam
Com o
mudo amor dos donos
Sigilosamente
À trela.
Não devias esperar.
Este amor não é feito de sangue, a minha alma não anda
Este amor não é feito de sangue, a minha alma não anda
nessa rua deserta,
Nem vai, pé ante pé, contemplar o teu rosto,
Deitar-se em seguida sobre o teu corpo gelado
E limpar-te os olhos do frio
De uma madrugada
Impúdica.
Armando Silva Carvalho, in “O Amante Japonês”
Deitar-se em seguida sobre o teu corpo gelado
E limpar-te os olhos do frio
De uma madrugada
Impúdica.
Armando Silva Carvalho, in “O Amante Japonês”
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