Adrienne Rich (Baltimore, EUA, 1929 – 2012).
Poetisa,
escritora, feminista e professora viveu em Cambridge, Massachusetts e nos
Países Baixos, usufruindo de uma bolsa de estudo de Guggenheim.
A partir de 1966 radicou-se em
Nova Iorque, onde participou em movimentos feministas. Escolheu praticar a
solidariedade humana com os marginalizados e os oprimidos do seu país e do
mundo inteiro.
Aplicou, nessa tarefa, a sua força de poetisa, explorando temas
como o papel da mulher na sociedade, o racismo e a guerra do Vietname.
Publicou, em 1951, o seu
primeiro livro de poesia, A Change of
World, conquistando sucesso imediato.
Palavras
de Adrienne Rich:
“As mulheres têm sido o verdadeiro
povo activo em todas as culturas, sem as quais a sociedade humana há muito
tempo teria perecido, embora a nossa atividade tenha sido mais frequentemente
em favor dos homens e das crianças.“
O
Deserto como Jardim do Paraíso
Que significaria pensar
que se é parte de uma geração
que tem simplesmente de passar?
Que significaria viver
no deserto, procurar viver
uma vida humana, algo
a transmitir aos filhos
para levar até à terra?
Que significaria pensar
que se nasceu acorrentado e que só o tempo,
nada do que se possa fazer
poder remir a escravidão
em que nasceu?
que se é parte de uma geração
que tem simplesmente de passar?
Que significaria viver
no deserto, procurar viver
uma vida humana, algo
a transmitir aos filhos
para levar até à terra?
Que significaria pensar
que se nasceu acorrentado e que só o tempo,
nada do que se possa fazer
poder remir a escravidão
em que nasceu?
Adrienne Rich
Imagem: pintura de Leslie Cole (Inglaterra, 1910 – 1976).
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