Nikolai
Gógol (Ucrânia, 1809 – Rússia, 1852).
É o criador do romance russo moderno.
Palavras
de Nikolai Gógol:
“Quanto mais sublimes forem as verdades mais
prudência exige o seu uso; senão, de um dia para o outro, transformam-se em
lugares comuns e as pessoas nunca mais acreditam nelas.”
Diário
de um Louco
8 de novembro.
Estive no teatro. Representaram uma peça russa, O Bobo Filatka. Houve também uma espécie de vaudeville com versos jocosos sobre os homens da lei, particularmente sobre um escrivão, em estilo bastante livre, de forma que estranhei como a censura deixara passá-los.
Estive no teatro. Representaram uma peça russa, O Bobo Filatka. Houve também uma espécie de vaudeville com versos jocosos sobre os homens da lei, particularmente sobre um escrivão, em estilo bastante livre, de forma que estranhei como a censura deixara passá-los.
A respeito dos comerciantes diziam
abertamente que enganam o povo, que seus filhos vivem na pândega e procuram
introduzir-se na nobreza.
No tocante aos jornalistas, houve também um couplet
muito engraçado, onde se dizia que estes gostavam de criticar tudo e por isso o
autor pedia a proteção do público.
Os autores de hoje escrevem peças muito
divertidas. Gosto de ir ao teatro. Logo que me aparece um tostão no bolso, não
posso afixar de assistir a uma representação, ao contrário de muitos de meus
colegas funcionários que vivem como porcos.
Um mujique não vai ao teatro a não
ser quando lhe dão o ingresso de graça. Também houve uma actriz que cantava
muito bem. Lembrei-me dela... alto, canalha... psiu!
Nikolai
Gógol
Imagem: pintura de John
Hoyland (Reino Unido, 1934 – 2011).
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