PALÁCIO DO ALHAMBRA
A conquista de Espanha
pelos Mouros, a seguir às invasões do ano 711, levou a um período de ocupação que durou sete séculos, até à sua expulsão final pelas forças
cristãs em 1482.
O último bastião do domínio mouro foi o palácio do Alhambra,
em Granada. A administração dessa província islâmica mais ocidental era feita a partir das cidadelas de Granada e Córdova, as quais em épocas de governos
tolerantes se tornaram um dos centros mais educados e cultos da Europa.
Os
governantes árabes introduziram formas tradicionais de arquitectura e métodos
de irrigação islâmicos em Espanha, domesticando o calor do Verão para criar
luxuriantes jardins e arejados pátios sombreados.
O Alhambra (1238-1358) é o
epítome dos refinados prazeres e graça da cultura mourisca. A seguir à expulsão
dos Mouros e à unificação da Espanha, Isabel de Castela (1451-1504) e Fernando
de Aragão (1452-1516) estabeleceram aí o seu palácio por algum tempo.
O
Alhambra, com a sua graciosa sucessão de aposentos, colunatas de maravilhosos
pormenores e pátios ajardinados, mantém o seu misterioso encanto, uma lembrança
da rica herança cultural paralela às tradições cristãs do gótico europeu.
in “Arquitectura” de Neil Stevenson
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