quinta-feira, 29 de setembro de 2016

CASA MUSEU AMÁLIA RODRIGUES






CASA MUSEU AMÁLIA RODRIGUES


Na porta de entrada do n.º 193 da Rua S. Bento, estão penduradas duas rosas. Nesta casa, que resistiu ao terramoto de 1755, Amália morou desde a década de 50 até à morte. Em testamento, deixou expressa que era sua vontade que a casa fosse transformada num museu com fins caritativos. Móveis e objectos permanecem, na sua grande maioria, nos lugares onde Amália os deixou

Subindo as escadas até ao primeiro piso, no hall, encontra-se um retrato a óleo da diva, da autoria de Luís Pinto Coelho, sobre uma mesa de encostar dos fins do século XVIII. Amália respira-se e sente-se por todo o lado. Pelas paredes estão espalhadas fotografias da cantora, em actuações, ou em poses descontraídas. 

Na sala de estar, o piano de meia cauda parece aguardar o momento de ser tocado pela sua diva. Era nesta divisão que Amália passava os dias e os serões, tanto sozinha como rodeada de amigos. Num dos sofás ainda permanecem um bandolim e uma guitarra incrustada a granadas, turquesas e minas novas. A esta sala, foi acrescentada uma mesa onde estão dispostas medalhas e condecorações atribuídas à fadista entre 1968 e 2001, e onde foi colocada a Grã- Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, concedida então pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, no dia da transladação dos restos mortais da fadista do Cemitério dos Prazeres para o Panteão Nacional. 

Na sala de jantar, a mesa está posta para oito pessoas, como se Amália estivesse à espera de convidados famosos para mais uma refeição. 

Nas escadas que levam ao segundo piso, dois quadros de Amália decoram as paredes. 

O quarto de hóspedes, a antecâmara e o quarto da artista estão também em exposição. Em cima da cama, repousam os seus óculos, três rosas e o livro de versos editado antes da morte. Ao fundo da antecâmara, esconde-se um armário que contém as roupas de Amália, sapatos, maquilhagem, malas, e a meio da divisão, sobre uma mesa, estão dispostas as jóias que um dia brilharam no corpo de Amália. 

A própria Amália desenhava todos os seus fatos e jóias de espectáculo.




in “Fundação Casa Museu Amália Rodrigues”





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