Bertolt
Brecht (Augsburgo, Alemanha,
1898 – Berlim Leste, 1956).
Dramaturgo
e poeta, pertenceu ao Grupo Berlinense, constituído, na década de 1920, por
expressionistas, anarquistas, niilistas e vanguardistas.
Em 1930 aderiu ao
marxismo, mas teve de fugir ao nazismo, exilando-se na Escandinávia e depois
nos E.U.A.
Suas peças, que ilustram sua doutrina do “teatro épico e de
participação política”, revelam a intenção de fazer com que o espectador tome
consciência das iniquidades do mundo actual.
Além de poesias (Livro de devoção, título irónico de uma
colectânea), deixou, entre outros, as peças Ópera
de três vinténs (1928), Mãe Coragem
(1938), que são as mais conhecidas.
in “Dicionário
Enciclopédico”
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Palavras de Bertolt Brecht:
“Muitos juízes são absolutamente
incorruptíveis; ninguém consegue induzi-los a fazer justiça.”
“Que é roubar um banco em comparação
com fundar um banco?”
“Miserável país aquele que não tem
heróis. Miserável país aquele que precisa de heróis.”
Louvor
do Esquecimento
Bom
é o esquecimento.
Senão
como é que
O
filho deixaria a mãe que o amamentou?
Que
lhe deu a força dos membros e
O
retém para os experimentar.
Ou
como havia o discípulo de abandonar o mestre
Que
lhe deu o saber?
Quando
o saber está dado
O
discípulo tem de se pôr a caminho.
Na
velha casa
Entram
os novos moradores.
Se
os que a construíram ainda lá estivessem
A
casa seria pequena de mais.
O
fogão aquece. O oleiro que o fez
Já
ninguém o conhece. O lavrador
Não
reconhece a broa de pão.
Como
se levantaria, sem o esquecimento
Da
noite que apaga os rastos, o homem de manhã?
Como
é que o que foi espancado seis vezes
Se
ergueria do chão à sétima
Pra
lavrar o pedregal, pra voar
Ao
céu perigoso?
A
fraqueza da memória dá
Fortaleza aos homens.
in “Lendas, Parábolas,
Crónicas, Sátiras e outros”
Concordo com o autor!Palavras verdadeiras!
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