ARMINDO RODRIGUES
(Lisboa, Portugal, 1904 –
Lisboa, 1993)
Poeta, tradutor
***
Estreou-se nas letras com o volume Voz Arremessada ao Caminho, 1943.
Ligado ao movimento neo-realista, manteve-se fiel ao lirismo
português. A partir de 1970 corrigiu e depurou os poemas publicados, trabalho que
deu por concluído em 1986, ficando a sua obra poética a constar de 59 títulos.
Participou
activamente nas campanhas oposicionistas de 1945, 1949 e 1958.
in”Livro dos Portugueses”
***
Elegia por antecipação à minha morte tranquila
Vem, morte, quando vieres.
Onde as leis são vis, ou
tontas,
não és tu que me amedrontas.
Troquei por penas prazeres.
Troquei por confiança afrontas.
Tenho sempre as contas prontas.
Vem, morte, quando quiseres.
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