Calderón de la
Barca (1600-1681) nasceu em Madrid, Espanha.
Estudou nas
Universidades de Alcalá e Salamanca.
Frequentou o
Colégio Imperial dos Jesuítas, em Madrid, onde aprendeu latim, grego e
teologia. Mais tarde, ingressou na ordem Terceira de S. Francisco, onde se
ordenou sacerdote.
Possuidor de um
talento incomparável, a sua dramaturgia abrangeu diversos géneros teatrais,
desde a comédia e zarzuela, passando pelo drama e tragédia. Foi autor de
mais de duzentas obras.
São famosos os
seus sonetos de tendência filosófica, no entanto, muito poéticos.
Calderón de la
Barca é o vértice criativo, da “Idade de Ouro”, do teatro espanhol.
“Vida é um
Sonho”, será, porventura, a sua mais célebre obra dramática. Contém o mais
famoso monólogo do teatro de língua
castelhana.
Foi um dos melhores poetas e dramaturgos de sempre.
Palavras de Calderón de la Barca:
“O que
é a vida? Um frenesim. O que é a vida? Uma ilusão, uma sombra, uma ficção; e o
maior bem é pequeno; pois toda a vida é sonho, e os sonhos, sonhos são.”
A Noite
Esses lúcidos rasgos, essas velas
que cobram com amagos superiores
alimentos do sol em resplendores,
aquilo vivem que se sofre delas.
Flores noturnas são: embora belas,
efêmeras, padecem seus ardores;
pois, se um dia é o século das flores,
uma noite é a idade das estrelas.
Dessa, pois, primavera fugitiva
já nosso mal, já nosso bem decorre;
registro é nosso, ou morra o sol ou viva.
Que duração, na senda que percorre
o homem, ou que mudança não deriva
de astro que a cada noite nasce e morre?
Calderón de
la Barca
Tradução: Fernando Mendes Vianna e Anderson Braga Horta
Sem comentários:
Enviar um comentário