domingo, 26 de janeiro de 2014

Manuela Porto

 
 

Manuela Porto (1908-1950) nasceu em Lisboa.

Escritora, declamadora de poesia, actriz, crítica de teatro e de literatura,  encenadora, tradutora, foi uma mulher extraordinária de talento e inovação, em todas as actividades que exerceu.

 
Em 1933, terminou o Curso de Arte de Representar, no Conservatório Nacional de Lisboa. Fez parte do elenco  da Companhia Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro.

 
Anos depois decidiu organizar recitais de declamação, que foram relevantes na divulgação dos nossos poetas. Foi considerada a “recriadora dos poetas”.

 
Colaborou na “Seara Nova”, “Mundo Literário”, “Vértice”, entre outras publicações.

 
Proferiu diversas conferências, com destaque para uma de grande interesse, denominada “ Teatro dell´Arte Fonte de Inspiração à Reteatralização do Teatro”.

 
Algumas das suas obras: “Um Filho Mais e Outras Histórias”; “Virgínia Woal e o Problema da Mulher”; “Doze Histórias sem Sentido”.

 
Fernando Lopes Graça, maestro e músico, dedicou-lhe, postumamente, a composição de piano: “Pranto à Memória de Manuela Porto”.

 
Excerto do livro "Doze Histórias sem Sentido"
 
“Muitas e muitas emoções, alegrias e dores, de que me ocupo nalgumas das minhas histórias, escritas muitas delas há anos, já me parecem hoje frívolas, imponderáveis, indignas de que a elas se ligue grande atenção, num mundo em que tanto se sofre por grandes, autênticos motivos, num mundo que cai em escombros, para além dos quais, no entanto – já adivinhamos – um outro universo há-de despontar, permitindo que a vida se torne qualquer coisa digna de se viver.”

Manuela Porto, in “Doze Histórias sem Sentido”.


Sem comentários:

Enviar um comentário

MALMEQUER

MALMEQUER Português, ó malmequer Em que terra foste semeado? Português, ó malmequer Cada vez andas mais desfolhado Ma...