Gonçalves
Dias (1823-1864) nasceu em
Caxias, Maranhão, Brasil,
Foi poeta,
advogado, professor de Latim e História do Brasil, jornalista, etnógrafo e
teatrólogo.
Em 1838, viajou até
Portugal, para estudar Direito em Coimbra. Após terminar o curso, regressou ao
Maranhão.
Destacado
representante do romantismo brasileiro e do indianismo,
tornou-se famoso pelo poema “Canção do Exílio”.
Foi autor de muitos
poemas nacionalistas e patrióticos, tendo sido considerado o “poeta nacional do
Brasil”.
As suas “Poesias Completas” foram publicadas em 1944.
Palavras
de
Gonçalves Dias:
"O Sonho e a Vida são dois galhos gêmeos; são dois irmãos que um laço amigo aperta. A noite é o laço..."
Canção
do Exílio
Minha
terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso
céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em
cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha
terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não
permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias, in “Primeiros
Cantos”.
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