Alexandre O’Neill (Lisboa, Portugal, 1924 – 1986).
Poeta,
publicitário, tradutor, cronista e assessor literário foi um dos fundadores do
Movimento Surrealista de Lisboa.
A sua obra enaltece,
na poesia portuguesa, a liberdade, a democracia e a luta contra todo o tipo de
opressões.
Alguns dos seus
livros: Tempo de Fantasmas, No Reino da
Dinamarca, Poemas com Endereço, Poesias Completas, As Andorinhas não Têm
Restaurante.
Palavras de Alexandre O’Neill:
“O dever do Homem
perante a vida consiste em seguir sempre em frente.”
Há Palavras que Nos Beijam
Há
palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras
nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte
Alexandre O’Neill
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