Louis
MacNeice (Belfast, Irlanda,1907
- Londres,Inglaterra,1963).
Foi um dos novos e proeminentes poetas da década de 1930.
A sua poesia caracteriza-se pelo humor e pela relevância de
ideias e imagens contemporâneas.
Tal como muitos dos poetas ingleses modernos, Louis MacNeice
trabalhou na rádio britânica BBC.
Escreveu várias peças para a rádio, destacando-se, “Cristóvão Colombo” e “A Torre Negra”.
O Cálice de Brandy
Deixa que mais uma vez ganhe forma nas suas mãos –
O instante embalado como um cálice de brandy.
Sentado sozinho na sala de jantar vazia…
Começa a cair neve dos candelabros
Acumulando-se à volta das garrafas e das pernas da mesa
E entupindo a passagem da porta giratória.
O último a jantar, como um boneco de ventríloquo
Abandonado pelo mestre, contemplando-o defronte, implora:
“Deixa que mais uma vez ganhe forma nas minhas mãos”.
O instante embalado como um cálice de brandy.
Sentado sozinho na sala de jantar vazia…
Começa a cair neve dos candelabros
Acumulando-se à volta das garrafas e das pernas da mesa
E entupindo a passagem da porta giratória.
O último a jantar, como um boneco de ventríloquo
Abandonado pelo mestre, contemplando-o defronte, implora:
“Deixa que mais uma vez ganhe forma nas minhas mãos”.
Louis
MacNeice
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