Juana de Ibarbourou (Melo, Uruguai,
1892 – Montevidéu, Uruguai, 1979).
Iniciou
a carreira literária no jornal “La Razón”, publicando os seus primeiros poemas
caracterizados por um profundo lirismo. Depois, evoluiu para o misticismo.
Algumas
das suas obras: As Línguas de Diamante,
Raiz Selvagem, A Rosa-dos-Ventos, Melhores Poemas, Elegia, Oiro e Tormenta.
Foi
Presidente da Academia de Letras.
Recebeu, entre outros, o “Grande Prémio da Cultura Hispânica”.
Recebeu, entre outros, o “Grande Prémio da Cultura Hispânica”.
Palavras de Juana de Ibarbourou:
“Não há lágrimas que resgatem o mundo que se perde ou o sonho
que desvanece.”
Silêncio
Minha casa tão longe do mar.
Minha vida tão lenta e cansada.
Quem me dera deter-me a sonhar!
Uma noite de lua na praia!
Morder musgos avermelhados e ácidos
E ter por fresquíssimo travesseiro
Um montão dessas curvas pedras
Que há polido o sal das águas.
Dar o corpo aos ventos sem nome
Abaixo o arco do céu profundo
E ser toda uma noite, silêncio,
No vazio ruidoso do mundo.
Minha vida tão lenta e cansada.
Quem me dera deter-me a sonhar!
Uma noite de lua na praia!
Morder musgos avermelhados e ácidos
E ter por fresquíssimo travesseiro
Um montão dessas curvas pedras
Que há polido o sal das águas.
Dar o corpo aos ventos sem nome
Abaixo o arco do céu profundo
E ser toda uma noite, silêncio,
No vazio ruidoso do mundo.
Juana de Ibarbourou
Tradução:
Hector Zanetti
Belissimo...que maravilha .
ResponderEliminarAdorei e não conhecia...
~Maria