ÁMANHÃ - Revista popular de orientação
racional dirigida por Grácio Ramos e Pinto Quartim em
Lisboa, de 1 de Junho a 15 de Agosto de 1909, seis números.
Periódico
anarquista, foca temas de actualidade na época: faz a apologia do amor livre,
do divórcio, da pedagogia Libertária, do ateísmo e da nova ortografia.
Apresenta artigos de grande qualidade.
Eis um excerto
do editorial:
«Quem somos? Somos os precursores do futuro, os precursores do
amanhã. O que queremos? Queremos pão, liberdade, ciência e bem-estar para todos
os que compõem a família humana. Queremos que a cada indivíduo assegurado seja
o seu máximo de felicidade.»
Noutro passo,
afirma-se nomeadamente que a revista se publica «rompendo com todo o passado,
sem respeitar nem ídolos, nem deuses, nem dogmas, nem preocupações» e que tem
como objectivo supremo a instrução científica e racional do povo.
Este periódico
constitui um importante acervo das ideias progressistas do início do século XX.
No número
inaugural Tomás da Fonseca publica um excerto dos Sermões da Montanha, Emílio
Costa o artigo Eduquemos sempre; no nº 4 homenageia-se o geógrafo anarquista
Élisée Reclus.
Principais
colaboradores: António Altavila, Augusto Casimiro, Bento Faria, Coriolano
Leite, Dikran Elmassian, Élisée Reclus, Emílio Costa, José Bacelar, Kropotkine,
Manuel Ribeiro, Pinto Quartim, Tomás Fonseca.
in,
Hemeroteca Digital CML
Sem comentários:
Enviar um comentário