sábado, 10 de outubro de 2015

ÁMANHÃ - Revista popular de orientação racional

 
 
 

ÁMANHÃ - Revista popular de orientação racional dirigida por Grácio Ramos e Pinto Quartim em Lisboa, de 1 de Junho a 15 de Agosto de 1909, seis números.
Periódico anarquista, foca temas de actualidade na época: faz a apologia do amor livre, do divórcio, da pedagogia Libertária, do ateísmo e da nova ortografia. Apresenta artigos de grande qualidade.
 
Eis um excerto do editorial:
«Quem somos? Somos os precursores do futuro, os precursores do amanhã. O que queremos? Queremos pão, liberdade, ciência e bem-estar para todos os que compõem a família humana. Queremos que a cada indivíduo assegurado seja o seu máximo de felicidade.»
Noutro passo, afirma-se nomeadamente que a revista se publica «rompendo com todo o passado, sem respeitar nem ídolos, nem deuses, nem dogmas, nem preocupações» e que tem como objectivo supremo a instrução científica e racional do povo.
Este periódico constitui um importante acervo das ideias progressistas do início do século XX.
No número inaugural Tomás da Fonseca publica um excerto dos Sermões da Montanha, Emílio Costa o artigo Eduquemos sempre; no nº 4 homenageia-se o geógrafo anarquista Élisée Reclus.
Principais colaboradores: António Altavila, Augusto Casimiro, Bento Faria, Coriolano Leite, Dikran Elmassian, Élisée Reclus, Emílio Costa, José Bacelar, Kropotkine, Manuel Ribeiro, Pinto Quartim, Tomás Fonseca.
 
in, Hemeroteca Digital CML

 

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