José Viana da Mota (São Tomé e Príncipe, 1868 – Lisboa, Portugal, 1948).
José Viana da Mota marcou o curso da história da música em
Portugal em dois aspetos fundamentais. Por um lado, formou várias gerações de
pianistas portugueses, fundando uma escola interpretativa que se prolonga até
aos nossos dias. Por outro lado, foi um dos primeiros compositores empenhados
no “reaportuguesamiento” da música erudita, na afortunada expressão de Afonso
Lopes Vieira.
Utilizou a música tradicional e a poesia culta portuguesas
nas suas obras, fazendo parte da geração que transformou Camões em símbolo da
nação.
A abertura Inês de Castro, baseada na versão narrada no poema épico Os Lusíadas é exemplo desta exaltação camoniana,
assim como a Sinfonia
à Pátria, a sua
obra mais conhecida, cujos andamentos são precedidos por epígrafes retirados do
mesmo poema.
Para Viana da Mota, a “expressão para o sentimento da
nação” era o objetivo mais alto ao qual devia aspirar a composição.
A sua dilatada carreira esteve repleta de sucessos, mas
também sofreu penalidades pessoais e profissionais. Estas últimas, porém, nunca
alteraram a sua imagem de artista “sóbrio, ponderado, inteligente, calmo,
clássico”, nas palavras do compositor, seu discípulo, Fernando Lopes-Graça.
Fonte: Instituto Camões
(excerto)
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