Salvatore Quasimodo (Modica, Itália, 1901 – Nápoles, Itália, 1968).
Quando terminou os estudos básicos em Modica,
mudou-se para Roma onde estudou grego e latim.
Foi nomeado professor de Literatura Italiana no
Conservatório de música “Giuseppe Verdi”.
Publicou,
em 1930, o seu primeiro livro de poemas: Acque e Terre.
Foi um dos representantes da escola hermetista.
Traduziu
peças de dramaturgos trágicos gregos, William Shakespeare, EE Cummings, Pablo
Neruda, Molière, entre outros.
Recebeu,
em 1959, o “Prémio Nobel de Literatura”.
Palavras de Salvatore Quasimodo:
“A
poesia é a revelação de um sentimento, que o poeta acredita que é pessoal e
interior e que o leitor reconhece como verdadeiro.”
Sem memória de morte
A primavera desperta árvores e rios;
a voz profunda não ouço,
em ti perdido, amada.
Sem memória de morte,
unidos na carne,
as trombetas do último dia
nos despertam adolescentes.
Ninguém nos ouve:
o leve respirar do sangue!
Feita ramo
floresce em teu flanco
a minha mão.
ao sopro do ar.
Imagem: pintura de Odilon Redon (França, 1840-1916).
A primavera desperta árvores e rios;
a voz profunda não ouço,
em ti perdido, amada.
unidos na carne,
as trombetas do último dia
nos despertam adolescentes.
o leve respirar do sangue!
floresce em teu flanco
a minha mão.
De plantas pedras águas
nascem os animaisao sopro do ar.
Salvatore Quasimodo, in “Poesias”
Tradução: Geraldo Holanda CavalcantiImagem: pintura de Odilon Redon (França, 1840-1916).
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