João Apolinário (Sintra, Portugal, 1924 - Marvão, Portugal, 1988).
Publicou, em 1955, o seu primeiro livro de poesia, Morse de Sangue, escrito na prisão por ser um opositor ao regime de Salazar.
Publicou, em 1955, o seu primeiro livro de poesia, Morse de Sangue, escrito na prisão por ser um opositor ao regime de Salazar.
Oito anos depois, exilou-se em São Paulo, Brasil, onde fundou com outros jornalistas a "Associação Paulista de Críticos de Arte".
Outros livros do autor: Primavera de Estrelas, Poemas Cívicos, Apátridas, Eco Humus Homem Lógico, A Arte de Dizer.
Outros livros do autor: Primavera de Estrelas, Poemas Cívicos, Apátridas, Eco Humus Homem Lógico, A Arte de Dizer.
É
preciso avisar...
É
preciso avisar toda a gente
dar
notícia informar prevenir
que por
cada flor estrangulada
há milhões de sementes a florir
É
preciso avisar toda a gente
segredar
a palavra e a senha
engrossando
a verdade corrente
duma força que nada detenha
É
preciso avisar toda a gente
que há
fogo no meio da floresta
e que
os mortos apontam em frente
o caminho da esperança que resta
É
preciso avisar toda a gente
transmitindo
este morse de dores
É
preciso imperioso e urgente
mais flores mais flores mais flores.
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