Guilherme
Cossoul (Lisboa, Portugal,
1828 – 1880).
O compositor Guilherme
Cossoul foi imortalizado na toponímia lisboeta por ser o fundador da Associação
dos Bombeiros Voluntários de Lisboa em 1868.
Foi um compositor e
instrumentista, filho do violinista João Luís Olivier Cossoul e da pianista
Virgínia Tomassu.
No ano de 1868 frequentava a Farmácia Azevedo na Praça D.
Pedro (hoje Praça D. Pedro IV, vulgarmente designada como Rossio), onde se
reuniam várias personalidades e protagonizou uma acesa discussão com o vereador
do Serviço de Incêndios, Dr. Isidoro Viana, para que se organizasse uma
Companhia de Voluntários Bombeiros a exemplo do que se fazia no estrangeiro.
Cossoul soube contagiar os ouvintes, fez propaganda e, nesse mesmo mês,
promoveu uma reunião no edifício da Abegoaria Municipal, onde estava instalada
a Inspecção dos Incêndios, que gerou a formação da Companhia de Voluntários
Bombeiros, sob o lema «Humanitas, vita
nostra tua est».
Guilherme Cossoul foi nomeado Capitão-Chefe dos Bombeiros
Voluntários e empossado Comandante da nova Companhia, cujo quartel foi uma casa
arrendada na Travessa André Valente, para o qual se recrutaram condutores e os
aguadeiros dos Chafarizes de São Paulo, Rua Formosa (actual Rua de O Século),
Tesouro Velho e Carmo, com exercícios marcados para todas as quintas-feiras.
D.
Carlos tornou-se sócio e, o primeiro exercício público, com bomba, foi na tarde
de 18 de Outubro de 1868 no pátio da Abegoaria Municipal e o baptismo de fogo
dos novos bombeiros deu-se na madrugada de 22 de Outubro de 1868, no edifício
das Tercenas.
Foi instrumentista na Real Câmara e na Orquestra de São Carlos,
para além de ter composto 37 obras musicais das quais se destacam as óperas
cómicas «A Cisterna do Diabo» (1850),
«O Arrieiro» (1852) e «O Visionário do Alentejo», para além de
um «Te-Deum» (1885) dedicado a D.
Pedro V e uma Missa para a sua aclamação (1856).
A partir de 1861 foi também
professor de violoncelo do Conservatório de Lisboa, instituição de que será
director da Escola de Música dois anos mais tarde.
Já aos 14 anos Guilherme
dirigira a orquestra dos amadores da Assembleia Filarmónica.
Em 1843 entrou
para a Irmandade de Santa Cecília, de onde transitou para a Orquestra de São
Carlos como segundo violoncelo até em 1858 ser nomeado maestro.
Em 1849 foi
nomeado músico da Real Câmara.
Cossoul organizou ainda uma sociedade de
concertos populares no Casino Lisbonense, no então Largo da Abegoaria (hoje
Largo Rafael Bordalo Pinheiro).
in “Toponímia de Lisboa”
- CML
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A Cossoul (Sociedade de
Instrução Guilherme Cossoul) é uma instituição privada de utilidade pública
fundada a 7 de Setembro de 1885 por 47 amadores de música e admiradores de
Guilherme Cossoul, compositor e violoncelista português do século XIX. É
actualmente uma das mais antigas e prestigiadas associações de Lisboa, tendo
vindo a desenvolver a sua actividade nas diversas áreas culturais e artísticas.
in “Sociedade de Instrução
Guilherme Cossoul”
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