CANCIONEIRO
DA BIBLIOTECA NACIONAL
Assim
designado por se encontrar guardado na Biblioteca Nacional. É um apógrafo
italiano, sendo adquirido pelo Governo português em 1924. Fora mandado copiar
pelo humanista Ângelo Colocci (1474-1549), passando muito tempo depois para a
posse do conde italiano Brancutti. Razão por que também aparece designado por
«Cancioneiro Colocci-Brancutti». Contém 1597 canções, 1097 das quais fazem
também parte do «Cancioneiro do Vaticano».
As
canções ou poemas que enchem os três Cancioneiros, são todas cantigas de amor,
cantigas de amigo e cantigas de escárnio e maldizer, e provêm de duas fontes de
inspiração: as trovas provençais e o folclore e a tradição peninsulares.
Uma
grande parte dos trovadores que fazem parte dos Cancioneiros, viveu nas cortes
de D. Afonso III, D. Dinis e do filho bastardo deste, o conde de Barcelos,
outra nas cortes de Fernando III e Afonso X, de Castela, e alguns deles, em
sítios ignorados.
Entre
os trovadores que fazem parte dos Cancioneiros medievais encontram-se os reis
D. Sancho I e D. Dinis. Cabendo inclusivamente a este último monarca o grande
mérito de ter sido ele que começou a abrir com a lírica trovadoresca os
caminhos para o lirismo nacional
in “Dicionário da
Literatura Portuguesa”
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