quarta-feira, 29 de novembro de 2017

CANCIONEIRO DA BIBLIOTECA NACIONAL




CANCIONEIRO DA BIBLIOTECA NACIONAL

Assim designado por se encontrar guardado na Biblioteca Nacional. É um apógrafo italiano, sendo adquirido pelo Governo português em 1924. Fora mandado copiar pelo humanista Ângelo Colocci (1474-1549), passando muito tempo depois para a posse do conde italiano Brancutti. Razão por que também aparece designado por «Cancioneiro Colocci-Brancutti». Contém 1597 canções, 1097 das quais fazem também parte do «Cancioneiro do Vaticano».

As canções ou poemas que enchem os três Cancioneiros, são todas cantigas de amor, cantigas de amigo e cantigas de escárnio e maldizer, e provêm de duas fontes de inspiração: as trovas provençais e o folclore e a tradição peninsulares.

Uma grande parte dos trovadores que fazem parte dos Cancioneiros, viveu nas cortes de D. Afonso III, D. Dinis e do filho bastardo deste, o conde de Barcelos, outra nas cortes de Fernando III e Afonso X, de Castela, e alguns deles, em sítios ignorados.

Entre os trovadores que fazem parte dos Cancioneiros medievais encontram-se os reis D. Sancho I e D. Dinis. Cabendo inclusivamente a este último monarca o grande mérito de ter sido ele que começou a abrir com a lírica trovadoresca os caminhos para o lirismo nacional


in “Dicionário da Literatura Portuguesa”


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