Langston Hughes (Missouri,
EUA,1902 – Nova Iorque, EUA, 1967), importante figura literária na década de
1920, período conhecido como “Renascimento do Harlem”. Foi um dos criadores do jazz poesia.
Negro
Sou um Negro:
Escuro como a noite,
Escuro como as profundezas da minha África.
Tenho sido um escravo:
César mandou-me limpar os degraus da sua porta.
Escovei as botas de George Washington.
Tenho sido um trabalhador:
Sob as minhas mãos ergueram-se as pirâmides.
Fiz argamassa para o Woolworth Building.
Tenho sido um cantor:
Entre África e a Geórgia
Carreguei as minhas canções de lamento.
Fiz “ragtime”.
Tenho sido uma vítima:
Os belgas cortam-me as mãos no Congo.
Continuam a linchar-me no Mississípi.
Sou um Negro:
Escuro como a noite,
Escuro como as profundezas da minha África.
Escuro como a noite,
Escuro como as profundezas da minha África.
Tenho sido um escravo:
César mandou-me limpar os degraus da sua porta.
Escovei as botas de George Washington.
Tenho sido um trabalhador:
Sob as minhas mãos ergueram-se as pirâmides.
Fiz argamassa para o Woolworth Building.
Tenho sido um cantor:
Entre África e a Geórgia
Carreguei as minhas canções de lamento.
Fiz “ragtime”.
Tenho sido uma vítima:
Os belgas cortam-me as mãos no Congo.
Continuam a linchar-me no Mississípi.
Sou um Negro:
Escuro como a noite,
Escuro como as profundezas da minha África.
Langston Hughes
Achamos o poema bonito, mas só quem vive a realidade do lugar onde o autor nasceu compreende-o ao fundo. Abraços!
ResponderEliminarConheço através da leitura, medianamente, o lugar onde nasceu o autor. É uma realidade dramática. Decidi publicar este poema no dia da Consciência Negra que se celebra no Brasil todos os anos. Foi, de certa forma, a minha homenagem.
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