Foi poeta, escritor,
jornalista e político.
Exerceu diversos
cargos públicos, entre os quais se destacam: ministro do Reino, ministro da
Justiça, ministro das Obras Públicas, embaixador no Brasil, secretário-geral da
Índia, deputado pelo partido Regenerador.
Em 1862 foi
admitido na Academia Real das Ciências de Lisboa.
No mesmo ano,
publicou o poema D. Jaime ou a dominação de
Castela.
Fundou os jornais
políticos Repúblicas, O Imparcial e A Opinião.
Tornou-se conhecido, partilhando da estética ultra-tomântica.
Palavras
de Tomás Ribeiro:
Bençãos
Dos órfãos agasalho e manto,
Imenso, eterno farol
Deste mar largo de pranto!
Bem hajas, água da fonte,
Que não desprezas ninguém!
Bem haja a urze do monte,
Que é lenha de quem não tem!
Bem hajam rios e relvas,
Paraíso dos pastores!
Bem hajam aves das selvas,
Música dos lavradores!
Bem haja o reino dos céus,
Que aos pobres dá graça e luz!
Bem haja o templo de Deus,
Que tem sacramento e cruz!
Bem haja o cheiro da flor,
Que alegra o lidar campestre;
E o regalo do pastor,
A negra amora silvestre!
Bem haja o repouso à sesta
Do lavrador e da enada;
E a madressilva modesta,
Que espreita à beira da estrada!
Triste de quem der um ai
Sem achar eco em ninguém!
Felizes os que têm pai,
Mimosos os que têm mãe!
Tomás Ribeiro
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