segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Paul Verlaine

 
 
 
 
 

 

Paul Verlaine (Metz, França, 1844 – Paris, França, 1896).

Considerado um “poeta maldito” foi o grande precursor do simbolismo, cujas características principais são a importância da musicalidade, o gosto pelo preciosismo das palavras, a enfase em temas místicos, imaginários e subjectivos.

Em 1866, publicou o seu primeiro livro de poesia, Poemas Saturninos.

Vinte anos depois, publicou Os Poetas Malditos, uma obra controversa, composta por biografias de poetas, contos e versos sagrados e profanos.

Juntamente com os poetas Stéphane Mallarmé e Charles Baudelaire, formou o grupo dos chamados "Decadentes".

Poucos dias antes de falecer, publicou o seu último poema, Morte.

Na fase final da sua dramática vida, Paul Verlaine foi eleito “Príncipe dos Poetas franceses”.
 
 
 

Palavras de Paul Verlaine:

"A independência foi sempre o meu desejo, a dependência foi sempre o meu destino."Em 1895, quando ele estava morrendo, Verlaine foi eleito "Príncipe dos Poetas" ("Príncipe dos Poetas") pelo mundo literário francês. A few days before his death, he published his last poem, “Mort” (“Death”). Poucos dias antes de sua morte, ele publicou seu último poema, "Mort" ("Death"). On 8 January 1896 he died of pulmonary congestion. Em 08 de janeiro de 1896, ele morreu de congestão pulmonar. Three thousand people attended his funeral two days later. Três mil pessoas compareceram ao seu funeral, dois dias depois.

 

A Angústia

Nada em ti me comove, Natureza, nem
Faustos das madrugadas, nem campos fecundos,
Nem pastorais do Sul, com o seu eco tão rubro,
A solene dolência dos poentes, além.

Eu rio-me da Arte, do Homem, das canções,
Da poesia, dos templos e das espirais
Lançadas para o céu vazio plas catedrais.
Vejo com os mesmos olhos os maus e os bons.

Não creio em Deus, abjuro e renego qualquer
Pensamento, e nem posso ouvir sequer falar
Dessa velha ironia a que chamam Amor.

Já farta de existir, com medo de morrer,
Como um brigue perdido entre as ondas do mar,
A minha alma persegue um naufrágio maior.

Paul Verlaine, in "Melancolia"
Tradução: Fernando Pinto do Amaral

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