Almeida Faria (Montemor-o-Novo, Portugal, 1943).
O escritor Almeida Faria iniciou o processo de doação do seu Espólio à Biblioteca Nacional de Portugal com a entrega simbólica dos manuscritos Rumor Branco, editado em 1962, quando contava apenas 19 anos, e A Paixão (1965).
Entre 1965 e 1983 Almeida Faria escreveu o ciclo Triologia Lusitana, iniciado com A Paixão, a que se seguiu Cortes e Lusitânia, encerrado com Cavaleiro Andante, que, segundo Maria Alzira Seixo, termina “um ciclo de reflexão sobre a situação do homem português perante o seu contexto social e a incidência política que o determina”, o salazarismo e a revolução de 25 de Abril de 1974, e “sobre a sua capacidade (ou talvez melhor, incapacidade) de se definir na sua totalidade humana (pessoal, familiar erótica, ambiencial), em registos de comunicação que transcendem o puramente ficcional (lírico e epistolar), assim modulado numa estrutura que coloca em situação de relevo a personagem, agente ou paciente da História que aqui fundamentalmente se encontra em questão”.
in Biblioteca Nacional de Portugal (excertos)
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Palavras de Almeida Faria:
“A literatura portuguesa é bastante puritana, não teve um Aretino, quase nunca teve a liberdade que outros países, mesmo católicos, tiveram.”
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