Amadis de Gaula
Romance de cavalaria considerado dos mais
importantes, se não mesmo o mais importante que se escreveu na Península
Ibérica e quiçá na Europa, onde teve enorme repercussão literária, se
exceptuarmos o «D. Quixote de la Mancha», da autoria de Miguel Cervantes.
Surgiu na sequência da «Demanda do Santo
Graal» e «José de Arimateia». E oferece o verdadeiro paradigma do perfeito
cavaleiro, destruidor de monstros e malvados, amador constante e tímido,
segundo o modelo das cantigas de amor, de
uma moça solteira, Ariana, que se deixou possuir antes do casamento.
Prevalece a respeito deste famoso romance
a incógnita de saber quem terá sido o seu autor e qual o seu país de origem.
O português Vasco de Lobeira, como Gomes
Eanes de Azurara aponta (1460) em «Crónica do Conde D. Pedro de Meneses»? João
de Lobeira, seu presumível irmão e trovador nas cortes de D. Afonso III e D.
Dinis? Ou ainda os dois, cabendo ao primeiro ser o seu iniciador com os dois
primeiros livros e ao segundo, o terceiro, podendo aceitar-se que o quarto seja
castelhano?
Esta tese que os espanhóis contradizem
reclamando a sua paternidade por inteiro.
A primeira edição do «Amadis de Gaula»
data de 1508, e foi impressa em Saragoça, (Espanha) por Garcia Rodriguez de
Montalvo, que a emendou, actualizou e lhe acrescentou o já referido quarto
livro. Quanto à primeira alusão que lhe é feita, cita-se Canciller Ayala, e o
ano de 1380.
São inúmeras as reedições que se têm feito
deste trabalho ao longo dos séculos, escrevendo-se, ao todo, 12 livros, que
formam o ciclo do Amadis.
in Dicionário de Literatura
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