Henriqueta
Lisboa (Lambari, Minas Gerais, Brasil, 1901 – Belo Horizonte, Brasil, 1985).
A
sua trajectória poética teve início em 1925, com a publicação do livro, Fogo Fátuo, de forte tendência
simbolista, traço significativo da sua obra que se estenderá até a década de
1940.
Em 1931, com o livro Enternecimento,
recebeu o Prémio de Poesia Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras.
Foi
considerada pela crítica especializada da época como uma das grandes expressões
da lírica moderna.
A
sua produção intelectual se caracterizou pelo exercício da tradução, da
publicação de ensaios literários, da organização de antologias e da participação
em obras colectivas.
Em
1963 é eleita a primeira mulher para a Academia Mineira de Letras, conquista
profissional seguida da outorga de vários títulos honoríficos.
in “Universidade Federal
de Minas Gerais”
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Palavras
de Henriqueta Lisboa:
“Pago
caro o orgulho”
A
menina selvagem
A
menina selvagem veio da aurora
acompanhada
de pássaros,
estrelas-marinhas
e
seixos.
Traz
uma tinta de magnólia escorrida
nas
faces.
Seus
cabelos, molhados de orvalho e
tocados
de musgo,
cascateiam
brincando
com
o vento.
A
menina selvagem carrega punhados
de
renda,
sacode
soltas espumas.
Alimenta
peixes ariscos e renitentes papagaios.
E
há de relance, no seu riso,
gume
de aço e polpa de amora.
Reis
Magos, é tempo!
Oferecei
bosques, várzeas e campos
à
menina selvagem:
ela veio atrás das libélulas.
in “Lírica”
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ResponderEliminarObrigado, Pierina Casilli. Cumprimentos.
ResponderEliminarLindo poema, maravilhosa escritora
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