domingo, 8 de maio de 2016

ALFRED DE MUSSET – Tristeza






Alfred de Musset (Paris, França, 1810 – 1857).

Fez-se conhecer por seus Contos de Espanha e de Itália (1830).
Ensaios infelizes no teatro, depois de uma tempestuosa ligação com George Sand revolucionaram sua vida.

Publicou peças destinadas à leitura, Os Caprichos de Mariana, Fantasio, Não se brinca com o amor, Lorenzaccio, O candelabro, Não se pode confiar em coisa alguma.

Além do livro de poemas, As Noites, escreveu um romance autobiográfico, A Confissão de um filho do século (1836).

A partir de 1838, doente e esgotado pelos excessos, escreveria ainda contos, provérbios, fantasias poéticas, exprimindo as contradições de sua personalidade, poeta da dor e das grandes paixões, foi também o da fantasia ligeira. 



Fonte: Dicionário Enciclopédico KLS


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Palavras de Alfred de Musset:
 “As coisas mais desagradáveis que os nossos piores inimigos nos dizem pela frente, não se comparam com as que os nossos amigos dizem de nós pelas costas.”



                   Tristeza


Eu perdi minha vida e o alento,
E os amigos, e a intrepidez,
E até mesmo aquela altivez
Que me fez crer no meu talento.

Vi na Verdade, certa vez,
A amiga do meu pensamento;
Mas, ao senti-la, num momento
O seu encanto se desfez.

Entretanto, ela é eterna, e aqueles
Que a desprezaram - pobres deles! -
Ignoraram tudo talvez.

Por ela Deus se manifesta.
O único bem que ainda me resta
É ter chorado uma ou outra vez.



Tradução: Guilherme de Almeida







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