Alfred de Musset (Paris, França, 1810 – 1857).
Fez-se
conhecer por seus Contos de Espanha e de Itália (1830).
Ensaios
infelizes no teatro, depois de uma tempestuosa ligação com George Sand revolucionaram
sua vida.
Publicou
peças destinadas à leitura, Os Caprichos
de Mariana, Fantasio, Não se brinca com o amor, Lorenzaccio, O candelabro, Não
se pode confiar em coisa alguma.
Além
do livro de poemas, As Noites, escreveu
um romance autobiográfico, A Confissão de
um filho do século (1836).
A
partir de 1838, doente e esgotado pelos excessos, escreveria ainda contos,
provérbios, fantasias poéticas, exprimindo as contradições de sua
personalidade, poeta da dor e das grandes paixões, foi também o da fantasia
ligeira.
Fonte:
Dicionário Enciclopédico KLS
*******************
Palavras
de Alfred
de Musset:
“As coisas mais
desagradáveis que os nossos piores inimigos nos dizem pela frente, não se
comparam com as que os nossos amigos dizem de nós pelas costas.”
Tristeza
Eu perdi minha vida e o
alento,
E os amigos, e a intrepidez,
E até mesmo aquela altivez
Que me fez crer no meu talento.
E os amigos, e a intrepidez,
E até mesmo aquela altivez
Que me fez crer no meu talento.
Vi na Verdade, certa
vez,
A amiga do meu pensamento;
Mas, ao senti-la, num momento
O seu encanto se desfez.
A amiga do meu pensamento;
Mas, ao senti-la, num momento
O seu encanto se desfez.
Entretanto, ela é eterna, e
aqueles
Que a desprezaram - pobres deles! -
Ignoraram tudo talvez.
Que a desprezaram - pobres deles! -
Ignoraram tudo talvez.
Por ela Deus se
manifesta.
O único bem que ainda me resta
É ter chorado uma ou outra vez.
O único bem que ainda me resta
É ter chorado uma ou outra vez.
Tradução: Guilherme de
Almeida
Sem comentários:
Enviar um comentário