Joly Braga Santos (Lisboa, Portugal, 1924 – 1988) revelou desde muito cedo um elevado talento musical, tendo iniciado estudos de violino aos seis anos. Estudou composição com Luís de Freitas Branco de quem recebeu uma forte influência técnica e estilística na primeira fase da sua produção musical.
Aos 24 anos rumou para Itália com a finalidade de aprofundar os seus conhecimentos em Direcção de Orquestra com Herman Scherchen (Veneza, 1948). Mais tarde, frequentou o estúdio experimental de Gravesano, com Antonino Votto (1957-1958) e prosseguiu os estudos de Composição com Virgilio Mortari (Roma, 1959-1960). A partir do final da década de cinquenta, a sua obra revela também influência destas experiências europeias.
Aos 24 anos rumou para Itália com a finalidade de aprofundar os seus conhecimentos em Direcção de Orquestra com Herman Scherchen (Veneza, 1948). Mais tarde, frequentou o estúdio experimental de Gravesano, com Antonino Votto (1957-1958) e prosseguiu os estudos de Composição com Virgilio Mortari (Roma, 1959-1960). A partir do final da década de cinquenta, a sua obra revela também influência destas experiências europeias.
Foi ainda professor de Análise e Técnicas de Composição no Conservatório Nacional de Lisboa, dirigiu a Orquestra da Emissora Nacional e publicou regularmente crítica musical.
Sendo a sinfonia o género em que melhor exprimiu o seu talento criativo, a dimensão, qualidade e diversidade da sua obra, colocam-no entre os maiores compositores portugueses do século XX.
O espólio documental doado à Biblioteca Nacional de Portugal é constituído por mais de 100 obras em versão manuscrita, constituídas por música instrumental sinfónica e de câmara, música para piano, para canto e piano, para coro, música de bailado, ópera radiofónica e bandas sonoras para cinema de ficção e documental.
Contém, ainda, cadernos de apontamentos, cerca de 500 espécies impressas (livros, partituras, programas de concertos) e ainda algumas cópias manuscritas de obras de outros autores (algumas com dedicatória) como Fernando Lopes Graça e Alberto Ginastera, entre outros.
Embora a obra de Joly Braga Santos tenha uma projecção nacional e mundial de grande notoriedade, a doação deste espólio à Biblioteca Nacional de Portugal representa para músicos e para investigadores a possibilidade de contactar directamente com os manuscritos do compositor, explorando assim aspectos menos conhecidos da sua produção musical, bem como do seu método de trabalho e do seu processo criativo.
O Espólio entregue será, futuramente, completado com documentação de carácter biográfico, da qual se destaca a correspondência trocada com músicos portugueses com quem manteve uma relação de recíproca admiração como Fernando Lopes Graça, Luís de Freitas Branco ou Álvaro Cassuto.
Fonte: Biblioteca Nacional de Portugal
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Palavras de Joly Braga Santos:
“Não me considero compositor, mas sim inventor de música.”
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