SEARA NOVA
Revista fundada em Lisboa, por
iniciativa de Raul Proença e de um grupo de intelectuais portugueses, no ano de
1921.
Quanto ao projecto editorial, assumiu-se como uma publicação
essencialmente doutrinária e crítica, com fins políticos e pedagógicos, e tendo
a colaboração de um grupo de intelectuais militantes, poetas, economistas,
pedagogos e críticos, como é referido no editorial do nº 1, datado de 15 de
Outubro de 1921.
O grupo pretendia activamente intervir na vida política do
país, aproximando a elite intelectual republicana e progressista da realidade
portuguesa, servindo-se da revista como veículo da sua acção pedagógica e
doutrinária.
Após a implantação da Ditadura Nacional surgida da Revolução de 28
de Maio de 1926, o grupo da Seara Nova assumiu-se
como um dos grupos ideológicos mais activos no combate contra o salazarismo.
O
projecto nos seus primeiros anos de publicação, reuniu alguns dos principais
nomes da intelectualidade do tempo, com destaque para Jaime Cortesão, Raul
Proença e António Sérgio.
Mas muitos outros intelectuais deram a sua
colaboração ao longo dos seus mais de 50 anos de publicação, como Raul Brandão,
Aquilino Ribeiro, Câmara Reis, Augusto Casimiro, Teixeira Gomes, Rogério
Fernandes, Augusto Abelaira, Assis Esperança, Afonso Duarte, Hernâni Cidade,
João de Barros, Joaquim de Carvalho, Irene Lisboa, Manuel Mendes, José
Rodrigues Miguéis, Jorge de Sena, José Bacelar, Álvaro Salema, Lobo Vilela,
Santana Dionísio, José Gomes Ferreira, Adolfo Casais Monteiro, Mário Dionísio,
Avelino da Costa Cunhal e Fernando Lopes Graça.
Fonte: Hemeroteca Municipal de Lisboa
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