António Botto, (Concavada, Abrantes, Portugal, 1897 – Rio de Janeiro, Brasil, 1959).
É um dos mais notáveis poetas modernos portugueses, pensador profundo e possuidor de grande intelectualidade.
Colaborou nas principais revistas de vanguarda, distinguindo-se como um dos renovadores da literatura portuguesa contemporânea.
Escreveu diversos livros não só em verso, como em prosa, evidenciando-se especialmente no conto, em que foi considerado um verdadeiro mestre.
Hino de Nossa Senhora do Rosário de Fátima
A treze de Maio
Na cova da Iria
Do céu aparece
A Virgem Maria.
Avé, avé, avé Maria,
Avé, avé, avé Maria.
A três pastorinhos
Cercada de luz
Com eles falou
A mãe de Jesus.
Avé, avé, avé Maria,
Avé, avé, avé Maria.
Vestida de branco
E manto real
Falou do amor
Do bem e do mal.
Avé, avé, avé Maria,
Avé, avé, avé Maria.
Das mãos lhe pendiam
As contas e a cruz
Do terço bem-dito
Da Mãe de Jesus.
Avé, avé, avé Maria,
Avé, avé, avé Maria.
A Virgem lhes manda
O terço rezar
Dizendo: da guerra
Vos hei de salvar.
Avé, avé, avé Maria,
Avé, avé, avé Maria.
Se és Nossa Senhora,
E os mundos são teus,
Diz-nos o teu nome?
Sou a Mãe de Deus.
Avé, avé, avé Maria,
Avé, avé, avé Maria.
António BOTO, in “Fátima – Poema do Mundo”.
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