Carlos Malheiro Dias (Porto,
Portugal, 1875 – Lisboa, 1941).
Após uma carreira política que
a implantação da República viria interromper, duas vezes deputado regenerador,
vogal do Conselho de Arte Dramática, intensificou brilhante carreira literária,
que havia dado suas provas, já, no jornalismo, sobretudo como Director da Ilustração Portuguesa.
Ao jornalismo devem-se também
as páginas reunidas em volume de Cartas
de Lisboa, indispensável ao conhecimento sociológico de um período agitado
da vida nacional. À sua fase de activa intervenção política ficaram-se também
devendo livros de combate, de alta intenção nacional, sendo de salientar
destes, Zona de Tufões e Exortação à mocidade.
Ficcionista, foi influenciado
por Eça de Queirós em alguns dos seus romances mais representativos, embora
noutros se desenhasse, pela primeira vez entre nós, a assimilação de temas
históricos pela imaginação, a realidade transfigurada. Mas é sobretudo de
natureza realista a linhagem estética dos seus romances.
No Brasil, Carlos Malheiro Dias
fundou a revista O Cruzeiro e lançou
a monumental História da Colonização
Portuguesa no Brasil, da qual foram publicados apenas três volumes.
Nomeado embaixador em Madrid,
já no termo de uma longa e gloriosa (mas nem sempre fácil) vida pessoal e
política, não chegou a tomar dessa tardia recompensa.
Fonte: Enciclopédia de Cultura
*************************
Palavras de Carlos Malheiro Dias:
"A coragem de afirmar asneiras é uma das características da improvisação jornalística."
Sem comentários:
Enviar um comentário