Casa
Museu Manuel Ribeiro de Pavia
Trata-se
de um pequeno espaço dedicado à obra do artista, onde podem ser admiradas
algumas peças de artesanato local, pinturas e desenhos originais, algumas
reproduções e livros ilustrados por este insigne alentejano.
Fundada
a 16 de Junho de 1984, contou com o apoio da Câmara Municipal de Mora, da Junta
de Freguesia de Pavia e com a colaboração de amigos do pintor.
A
existência de um espaço como este pretende perpetuar o espólio artístico de
Manuel Ribeiro de Pavia, através da promoção e divulgação da sua obra com
exposições, publicações, conferências e outros eventos na sua terra natal,
dinamizando ainda iniciativas de artes-plásticas.
A Casa
Museu é constituída por biblioteca, documentação e museu.
A biblioteca reúne um
conjunto de livros, revistas e outro material impresso, onde se encontra
registada a colaboração ou reprodução de trabalho do pintor.
A
documentação é composta por reproduções fotográficas de capas e ilustrações que
constituem um ficheiro próprio e a classificação de documentos, objectos e
outros elementos que registam o trabalho e a personalidade de Manuel Ribeiro
Pavia.
Já o
museu possui uma exposição permanente de originais, onde as obras expostas são
fruto de doações de particulares, aquisições e empréstimos temporários.
Manuel
Ribeiro de Pavia, pintor das gentes do Alentejo, nasceu em Pavia a 19 de Março de 1907.
Como
ilustrador exerceu influência determinante na modernidade das artes gráficas
portuguesas, quer através de capas, quer de inúmeras ilustrações que realizou
para escritores seus contemporâneos.
Os
desenhos, gravuras e projectos para murais constituem um espólio inconfundível.
Participou nas Exposições Gerais de Artes Plásticas, na Exposição dos Modernos
Gravadores Portugueses (Galeria de Artes e Letras, 1995) e na Exposição Gravura
Portuguesa (Pórtico, 1956).
Em 1950, a Editorial Inquérito publica um álbum com
15 desenhos de nome “Líricas”, com um texto de José Gomes Ferreira.
Faleceu
a 19 de Março de 1957, no seu quarto-atelier numa pensão na Rua Bernardim Ribeiro. O artista encontra-se sepultado no cemitério da vila de Pavia, tendo a
pedra da sua campa gravado um desenho seu - Planície - homenagem dos seus conterrâneos.
Em
maio de 1957, após a sua morte, a revista Vértice, publica um número especial
com depoimentos de intelectuais que constituem um vivo testemunho da sua
atividade na vida artística portuguesa.
Em
1958, um grupo de amigos do artista realiza na SNBA a primeira exposição e
única retrospetiva da sua obra.
Em Abril
de 1976, na FIL, é realizado no Mercado Popular do Livro e do Disco, uma
exposição documental sobre a sua obra, que posteriormente foi itinerante em
várias cidades do país.
Fonte:
Câmara Municipal de Mora
Ilustração publicada, postumamente, na capa da revista Vértice, número 258, de Março de 1965.
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