sábado, 7 de abril de 2018

UMA ALEGRIA PLENAMENTE JUSTIFICADA



Uma alegria plenamente justificada

A 30 de Dezembro de 1905 sobe à cena do vienense "Theater na der Wien" a opereta A viúva alegre, de Franz Lehár. Trata-se, sem dúvida, da pior data do ano para uma estreia, mas é tal a desconfiança dos empresários do teatro («esta obra é, na verdade, demasiado inovadora e demasiado original no seu género», sustentava a direcção), que, convencidos do desaire, decidem recorrer a todos os meios ao seu alcance para que este se produza.

No entanto, e para surpresa de todos, excepto do compositor e dos intérpretes, a opereta obtêm um êxito clamoroso.

O final do 1.º acto, por exemplo, teve de repetir-se três vezes. A obra mantém-se em cartaz durante todo um mês com o rótulo de «esgotado». A partir desse momento, o seu autor, Lehár, será considerado o autêntico sucessor de Johann Strauss II.                                      


in “Crónica da Música”

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