Juvenal
(Aquino,
Itália, 60 - Roma, 127).
É o mais conhecido poeta
satírico romano. De sua vida conhecemos pouco, mas suas palavras se tornaram
famosas. Entre elas, “o pão e o circo”, que os demagogos oferecem para enganar
o povo.
Sabemos que ele escreveu
no fim dos anos do primeiro século da nossa era e que esteve por pouco tempo na
carreira militar. Mais tarde ele perdeu a amizade do imperador Domiciano e foi
exilado para o Egipto, voltando no fim da vida, quando se tornou protegido do
imperador Adriano. Ele foi o mais enérgico dos poetas satíricos de Roma e
dirigiu os seus ataques contra os vícios sociais do Império Romano.
Todas as suas sátiras
mostram uma profunda antipatia contra o sistema imperial e lamenta a queda dos
costumes e o fim da constituição republicana, do tempo em que os romanos
formavam um grupo unido e forte com gostos simples e hábitos de sérios
guerreiros.
Juvenal sente as vantagens
do Império Romano, mas insiste sobre os males e os abusos trazidos pelos
costumes estrangeiros e sobre um estado de paz que não servia ao progresso da
nação. Coloca os recursos da sátira contra os grupos de gregos espertos e sem
escrúpulos que eram capazes de tudo fazer para ganhar dinheiro.
Ele descreve o excesso de
luxo de toda sorte, o culto do ouro e dos interesses materiais, a degradação
das antigas famílias, a arrogância e a ostentação dos novos-ricos.
Juvenal
ficou conhecido por suas sátiras, 16 das quais são conhecidas. O seu estilo é
brilhante, notável por pequenas descrições bem feitas.
Muitas das sátiras
mostram profunda simpatia pelos pobres e muito desagrado pelos ricos. Os textos
de Juvenal fazem contraste como a obra do anterior poeta romano Horácio, que
produziu sátiras com um ridículo gentil.
O estilo de Juvenal
tornou-se uma técnica literária ao fazer a crítica amarga com ironia, no
julgamento do governo e da sociedade com ataques pessoais, indignação e
pessimismo. Nas suas últimas sátiras, Juvenal reúne suas acusações vigorosas e
muitas vezes pessoais com passagens de grande beleza, nas quais ele descreve o
ideal da existência virtuosa e dos costumes simples.
Fonte:Ângelo Torres -
filósofo e professor universitário.
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Palavras
de Juvenal:
“Quanto
mais o dinheiro aumenta, mais cresce a vontade de possuí-lo.”
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