quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

JUVENAL – Poeta satírico romano




Juvenal (Aquino, Itália, 60 - Roma, 127).

É o mais conhecido poeta satírico romano. De sua vida conhecemos pouco, mas suas palavras se tornaram famosas. Entre elas, “o pão e o circo”, que os demagogos oferecem para enganar o povo.

Sabemos que ele escreveu no fim dos anos do primeiro século da nossa era e que esteve por pouco tempo na carreira militar. Mais tarde ele perdeu a amizade do imperador Domiciano e foi exilado para o Egipto, voltando no fim da vida, quando se tornou protegido do imperador Adriano. Ele foi o mais enérgico dos poetas satíricos de Roma e dirigiu os seus ataques contra os vícios sociais do Império Romano.

Todas as suas sátiras mostram uma profunda antipatia contra o sistema imperial e lamenta a queda dos costumes e o fim da constituição republicana, do tempo em que os romanos formavam um grupo unido e forte com gostos simples e hábitos de sérios guerreiros.

Juvenal sente as vantagens do Império Romano, mas insiste sobre os males e os abusos trazidos pelos costumes estrangeiros e sobre um estado de paz que não servia ao progresso da nação. Coloca os recursos da sátira contra os grupos de gregos espertos e sem escrúpulos que eram capazes de tudo fazer para ganhar dinheiro.

Ele descreve o excesso de luxo de toda sorte, o culto do ouro e dos interesses materiais, a degradação das antigas famílias, a arrogância e a ostentação dos novos-ricos. 

Juvenal ficou conhecido por suas sátiras, 16 das quais são conhecidas. O seu estilo é brilhante, notável por pequenas descrições bem feitas. 

Muitas das sátiras mostram profunda simpatia pelos pobres e muito desagrado pelos ricos. Os textos de Juvenal fazem contraste como a obra do anterior poeta romano Horácio, que produziu sátiras com um ridículo gentil.

O estilo de Juvenal tornou-se uma técnica literária ao fazer a crítica amarga com ironia, no julgamento do governo e da sociedade com ataques pessoais, indignação e pessimismo. Nas suas últimas sátiras, Juvenal reúne suas acusações vigorosas e muitas vezes pessoais com passagens de grande beleza, nas quais ele descreve o ideal da existência virtuosa e dos costumes simples.



Fonte:Ângelo Torres - filósofo e professor universitário.



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Palavras de Juvenal:
“Quanto mais o dinheiro aumenta, mais cresce a vontade de possuí-lo.”







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