FRANCISCO DE HOLANDA
(Lisboa, Portugal, 1517 – 1585)
Pintor e arquitecto
Considerado um dos mais
importantes vultos do renascimento em Portugal.
Em 1538-1547 visitou, como
pensionista, a Itália, onde se relacionou com o círculo de Vittoria Colonna e
privou com alguns notáveis artistas (Miguel Ângelo, etc.).
No seu espólio
artístico avultam particularmente os desenhos, mas sabe-se haver executado um
retrato de D. Catarina (1554).
No Museu Nacional de Arte Antiga existe uma Nossa Senhora da Misericórdia que lhe é
atribuída.
No âmbito da cultura artística nacional do século XVI o significado
fundamental de Francisco de Holanda reside em haver fornecido base teórica,
desta vez com raízes directas na Itália, à corrente maneirista, em reforço da
pista já tentada no país, mas com fontes setentrionais, por alguns artistas.
Das peças gráficas que
deixou, destaca-se Desenhos, do
Escorial, obra indispensável no estudo do património arqueológico romano e da
arte italiana da primeira metade do séc. XVI. A Fábrica é o primeiro estudo (utópico e complexo) sobre o urbanismo
redigido na Península Ibérica.
Da
Pintura Antiga alude a Nuno Gonçalves (livro primeiro) e
constitui fonte capital para o entendimento de Miguel Ângelo e do clima
artístico, social e religioso de Roma durante o segundo quartel do séc. XVI.
in “Enciclopédia de Cultura”
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