ANTÓNIO LUÍS MOITA
(Lisboa,
Portugal, 1925 - 2013)
Poeta
Feridas
por mistério, emudeceram
todas
as vozes, quando se quebroua amarra de navio que te prendia.
À beira cais alaram-se gaivotas
e o nevoeiro, após, tudo envolveu.
repetiam, brilhando : «Que é de ti?».
No sorriso sem fim da tua boca
a memória do amor existiria ?
exaustas, já desfeitas, desoladas ...
E as tuas mãos, longínquas e cruzadas,
extinguiam-se com elas.
lindamente escrita.
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