terça-feira, 22 de agosto de 2017

PEDRO CALDERÓN DE LA BARCA - A las flores

 
 

PEDRO CALDERÓN DE LA BARCA
(Viveda, Espanha, 1600 –Madrid, 1681)

Dramaturgo e poeta

Numa altura em que a ópera italiana se impunha em toda a Europa, fez surgir uma nova forma musical em Espanha: a zarzuela.
As suas obras O jardim de Falerina e o Louro de Apolo são consideradas as primeiras manifestações do género. No entanto, a principal colaboração com Juan Hidalgo foram as óperas A púrpura da rosa, cuja música original se extraviou, e Zelos mesmo do ar matam, reestreada em 2000 no Teatro Real de Madrid.

 

in “Auditorium”
***
Palavras de Pedro Calderón de la Barca
“O poder é como o raio, fere antes de avisar”

***
A LAS FLORES
 
Éstas que fueron pompa y alegría
despertando al albor de la mañana,
a la tarde serán lástima vana
durmiendo en brazos de la noche fría.
 
Este matiz que al cielo desafía,
Iris listado de oro, nieve y grana,
será escarmiento de la vida humana:
¡tanto se emprende en término de un día!
 
A florecer las rosas madrugaron,
y para envejecerse florecieron:
cuna y sepulcro en un botón hallaron.
 
Tales los hombres sus fortunas vieron:
en un día nacieron y espiraron;
que pasados los siglos, horas fueron.
 
 
 

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