segunda-feira, 28 de agosto de 2017

LEONARDO COIMBRA – Mestre de Mestres

 
 
 
 
LEONARDO COIMBRA
(Lixa, Portugal, 1883 — Porto, 1936)

Filósofo, matemático, tribuno, político e pedagogo

Uma das mais lúcidas inteligências que fez do acto de pensar um momento de raro fulgor da história do pensamento português; o mais profundamente inquieto e genuíno dos espíritos agonais de toda a filosofia em Portugal, e um dos seus mais originais filósofos.

Em 1908 desenvolve com Jaime Cortesão e o grupo de jovens libertários, uma acção pedagógica congregada numa agremiação – Amigos do ABC – com o intuito de difundir a instrução básica entre o povo, contribuindo assim para minorar o analfabetismo.

Foi um dos fundadores da revista Àguia (1910-1032).

Em 1914, Leonardo Coimbra filia-se no Partido Republicano. Em 1918, durante o consulado de Sidónio Pais, chega a ser preso com outros intelectuais, nomeadamente Raul Proença e o poeta Afonso Duarte.

Reformou a Biblioteca Nacional e o Conservatório de Música de Lisboa, criou as Escolas Primárias Superiores, elaborou uma proposta de reforma do programa do ensino da filosofia nos liceus e nas Faculdades de Letras, ao mesmo tempo que promovia a transferência da Faculdade de Letras de Coimbra para o Porto. Apresentou uma proposta de lei visando a liberdade do ensino religioso nas escolas particulares, o que despoletou polémicas e adversões no interior do seu próprio partido.

Os seus brilhantes dotes de orador mereceram de Teixeira de Pascoaes esta entusiástica quanto lírica apreciação:
«A sua palavra é como a vara de Moisés: faz brotar água dos rebos e fraguedos».


in “Didacta – Filosofia”
Imagem: Leonardo Coimbra - desenho do pintor Eduardo Malta (Covilhã, Portugal, 1900 – Óbidos, 1967).

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