Fausto
Guedes Teixeira (Lamego, Portugal,
1871 – 1940).
Com
dezasseis anos publicou o seu primeiro livro de versos Os Náufragos.
Entre
os trabalhos do poeta, importa destacar Mocidade
Perdida, Livro de Amor, Esperança Nossa e Carta a um Poeta.
A sua
obra póstuma, O Meu Livro, editada em
1941, na qual está quase toda a sua produção poética, evidencia a qualidade
literária do poeta de Entre Douro-e-Minho.
Poeta romântico, denominado apropriadamente,
«poeta do amor e da paixão», manteve-se afastado das novas escolas que
dominaram o panorama poético.
Amar ou Odiar
Amar ou odiar: ou tudo ou nada!
O meio termo é que não pode ser.
A alma tem que estar sobressaltada
Para o nosso barro se sentir viver...
O meio termo é que não pode ser.
A alma tem que estar sobressaltada
Para o nosso barro se sentir viver...
Não é uma cruz a que não for pesada,
Metade de um prazer não é um prazer;
E quem quiser a alma sossegada,
Fuja do mundo e deixe-se morrer!
Metade de um prazer não é um prazer;
E quem quiser a alma sossegada,
Fuja do mundo e deixe-se morrer!
Vive-se tanto mais quando se sente:
Todo o valor está no que sofremos.
Que nenhum homem seja indiferente!
Todo o valor está no que sofremos.
Que nenhum homem seja indiferente!
Amemos muito como odiamos já:
A verdade está sempre nos extremos
Porque é no sentimento que ela está!
A verdade está sempre nos extremos
Porque é no sentimento que ela está!
Imagem: busto de Fausto Guedes Teixeira inaugurado em 1944,
na cidade de Lamego. É uma obra arquitectada por Rui Couto e António Couto e
esculpida pelo artista Costa Mota Sobrinho.
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