Grupo dos
Cinco
Deve-se este nome a cinco figuras primaciais do movimento
literário português do século XIX: Antero de Quental, Guerra Junqueiro,
Oliveira Martins, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão.
A formação do grupo partiu, não só da amizade pessoal estabelecida
entre os cinco, mas da afinidade de ideias e valor literário.
Para a denominação associativa concorreu a anedota contada por
Ramalho.
Certo dia de 1884, abancaram os cinco amigos para almoçar no
restaurante do Palácio de Cristal. Eça de Queirós perdera, na véspera, no Clube
da Granja, a aposta de um leque, numa partida de bilhar com certa banhista. Uma
das condições era que o leque seria escrito pelos amigos com que Eça tinha vir
de almoçar ao Porto.
À sobremesa, os cinco, tomando um leque com uma aguarela de cinco
cães, escreveram por cima – Os autores – e,
do lado oposto, cinco provérbios caninos, assinados cada um por seu comensal,
sob a epígrafe Os latidos, e esta
dedicatória:
São cinco
cães, sentinelas
De bronze, e
papel almaço;
De bronze,
para as canelas;
De papel, para o regaço.
Assinado
A Matilha
Fonte:
Enciclopédia de Cultura
Imagem: fotografia do “Grupo dos Cinco”.
Da esquerda para a direita: Eça de Queiroz, Oliveira Martins, Antero de
Quental, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro.
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