quinta-feira, 28 de abril de 2016

MARCOS PORTUGAL - Compositor






Marcos Portugal (Lisboa, Portugal, 1762 – Rio de Janeiro, Brasil, 1830).

Marcos Portugal notabilizou-se no domínio da ópera, género que lhe conferiu uma grande visibilidade internacional, mas destacou-se também no âmbito da música sacra, tendo produzido mais de 140 obras.

Organista, maestro e compositor, Marcos Portugal conheceu um notável sucesso além-fronteiras, sem paralelo na história da música portuguesa, com centenas de representações das suas óperas na Europa. 

Em Portugal e no Brasil, no entanto, a sua fama como compositor alicerçou-se fundamentalmente no género sacro com algumas das suas obras a serem mantidas no repertório de muitas instituições eclesiásticas até inícios do século XX. (…)

Foi nomeado organista da Igreja da Patriarcal em 1782 e mais tarde também compositor. A encomenda, nesse mesmo ano, de uma missa em honra de Santa Bárbara, por parte da Rainha D. Maria I, inaugura um longo e frutuoso relacionamento com a família real, que marcou decisivamente o percurso da sua vida. (…)

Em 1792 vai para Itália como bolseiro da coroa portuguesa onde permanece 8 anos, alcançando uma notável fama com as cerca de duas dezenas de óperas aí estreadas. De volta a Lisboa em meados de 1800, é nomeado professor do Seminário da Patriarcal e Mestre do Real Teatro de S. Carlos, para o qual compõe várias óperas.

Apesar da sua posição na corte, quando estava eminente a invasão de Lisboa pelas tropas do general Junot, em Novembro de 1807, Marcos Portugal  não parte com a família real para O Brasil, mantendo uma ligação  bastante ambígua com os invasores franceses.  Só mais tarde, por solicitação do Príncipe Regente (futuro Rei D. João VI), embarca com seu irmão Simão Portugal (também ele compositor de música sacra) para o Rio de Janeiro, onde chega a 11 de Junho de 1811. (…)

No Brasil, Marcos Portugal foi nomeado Mestre de Suas Altezas Reais e incumbido de compor a música para as ocasiões de maior significado religioso, social ou político, em que o Príncipe Regente estivesse presente. (…)
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Em 1820 dá-se a revolução liberal e a corte regressa a Portugal em 1821, com a subsequente independência do Brasil em 1822. Marcos Portugal decidiu manter-se no Rio de Janeiro servindo o novo monarca. D. Pedro I, que tinha sido seu aluno. (…)

Depois da longa lealdade de 40 anos a D. Maria I e a seu filho D. João VI, o compositor viveu os últimos nove anos servindo o Imperador do Brasil, adquiriu a nacionalidade brasileira e compôs um Hino da Independência cantado nas comemorações do 7 de Setembro durante várias décadas.  



Fonte: Casa da Música (excertos)



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